segunda-feira, 20 de julho de 2015

Cruzeiros Fluviais: Vale a pena conhecer

Cruzeiros fluviais em navios de luxo não são muito conhecidos pelos brasileiros. No nosso país nós temos poucas opções, que ficam restritas ao rio Amazonas e seus afluentes, em navios como o Iberostar Grand Amazon e o pequeno Aria Amazon, da Aqua Expeditions.
Já na Europa, considerado o melhor continente para esse tipo de viagem, a situação é bastante diferente. Lá os cruzeiros fluviais são um dos segmentos da indústria do turismo que mais cresce (neste ano serão entregues aproximadamente 40 novos navios) e rapidamente está conquistando um público mais jovem, já que os cruzeiros fluviais eram considerados viagens apenas para pessoas da terceira idade.
As principais companhias que fazem cruzeiros pelos rios da Europa são a AmaWaterways, Avalon Waterways, Scenic, Uniworld Boutique River Cruise e Viking River Cruise. O crescimento desse mercado é tão grande que as empresas estão encomendando diversos navios simultaneamente; para se ter noção, a Viking entrou para o Guinness em 2013 com a maior quantidade de navios inaugurados em um dia por uma só companhia: Viking Aegir, Viking Atla, Viking Bragi, Viking Embla, Viking Forseti, Viking Jarl, Viking Rinda, Viking Skadi, Viking Tor e Viking Var, totalizando 10 embarcações.
Essa demanda crescente deve-se às várias vantagens oferecidas por esse tipo de viagem, uma alternativa aos trens da Europa para conhecer várias cidades diferentes.
Cabine no S.S. Maria Theresa (Img: Reprodução/Uniworld)

Para começar os cruzeiros fluviais oferecem dois pontos que podem ser determinantes para a escolha deles em vez dos tradicionais cruzeiros marítimos:
1. Os navios não balançam: O balanço do navio no oceano e os enjoos que podem acontecer por isso são fatores determinantes para "os mais enjoados" não colocarem sequer como opção nos seus planos uma viagem de navio. Como estão em rios, onde não existem ondas, os navios navegam tranquilamente, sem necessidade de ter um estoque imenso de remédios de enjoo e maçã verde, algo muito comum de se ver nos grandes navios marítimos.
2. Afundar não é problema aqui: Um dos grandes temores das pessoas quando pensam em navios, principalmente com o filme Titanic na cabeça, é que ele afunde em alto mar. Apesar de o navio ser um dos cinco primeiros colocados no ranking de meios de transporte mais seguros do mundo, esse temor ainda atinge muitas pessoas. Nos cruzeiros fluviais pela Europa esse medo pode ficar de lado já que os rios são rasos e navio não irá parar a milhares de metros de profundidade. Em uma publicação especial sobre cruzeiros fluviais, o site "The Travel Insider" comentou que em uma viagem desse tipo um dos diretores do cruzeiro falou nas boas-vindas aos passageiros que as águas são tão rasas que "se nós começarmos a afundar, vão para o deck superior e peguem um drink no bar."
Imagem: Reprodução/ Ralph Grizzle (River Cruise Advisor)
Os navios fluviais são muito diferentes dos navios de cruzeiro marítimo. Eles são baixos, para poder passar por pontes, e alguns possuem até a ponte de comando retrátil para poder passar por locais bem baixos, precisando que todos os passageiros no deck superior se sentem para não bater a cabeça. Outro fato interessante é que quando chegam nas cidades os navios costumam atracar um do lado do outro, de tal modo que forma um corredor passando por dois ou três navios até o píer. Quanto à capacidade, eles costumam ter menos de 200 passageiros em sua lotação máxima, oferecendo bastante espaço, conforto e muitas janelas do chão ao teto para apreciar a vista das cidades durante todo o dia.
Por estar sempre em um rio, dentro das cidades, os cruzeiros fluviais oferecem vistas deslumbrantes durante toda a navegação. Além disso eles atracam bem no centro das cidades, permitindo andar a pé diretamente no ponto turístico ou pegar uma das excursões, também inclusas no valor dos cruzeiros em quase todas as companhias. Como o deslocamento é feito por rios e as cidades ficam bem próximas, os navios costumam permanecer o dia quase todo atracado e rapidamente, durante a noite, chegam ao próximo destino. Somado a todas as vantagens da viagem, o meio de transporte (o navio em si) oferece diversas opções de lazer para seus hóspedes. Assista ao lado um vídeo (em ingês) da apresentação do Viking Odin. Nele é possível observar a quantidade de paredes de vidro, os ambientes aconchegantes, o uso de placas solares, o cultivo de vegetais que são usados na cozinha do navio e restaurantes sem necessidade de reserva.
Vale comparar os cruzeiros fluviais com os trens europeus, muito usados nas viagens por lá. Uma pessoa que quiser conhecer várias cidades diferentes tem muito mais vantagens nos navios, já que não é necessário fazer reservas de hotéis em cada cidade, não precisa pagar por transporte da estação de trem para os hotéis, não existe a necessidade de arrumar e desarrumar as malas a cada cidade nova e todas as refeições e entretenimento a bordo já estão inclusas no cruzeiro, cortando gastos com restaurantes europeus. Os principais rios na Europa pelos quais os navios fazem suas rotas são o Reno e o Danúbio.
Falando dos preços... Sim, tantas qualidades, poucos passageiros e excursões inclusas não poderiam custar barato, mas neste link, do site Cruise Critic, você pode entender melhor os preços dos cruzeiros fluviais e pegar dicas para pagar menos pela viagem.

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